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Erro de casting

29.11.16

António Ego Domingues.jpg

Já me vai custando esta novela que envolve o futuro ex-administrador da Caixa Geral de Depósitos.

Não conheço o Sr. António Domingues de lado nenhum, nem as virtudes pessoais nem as profissionais (que seguramente tem); só o conheço pelas notícias destas últimas semanas.

Mas pelo que me tem mostrado, manifestamente não parece ter condições, nem perfil, para ocupar o cargo para o qual foi nomeado.

O Sr. António Domingues defende que os Administradores da CGD não devem ser abrangidos pelas normas que regem o estatuto dos Administradores Públicos.

Tem naturalmente direito à sua opinião.

Mas fico sem perceber onde residirá a sua dúvida – se na parte do “administrador” se na parte do “público”.

O Sr. António Domingos acha que um Administrador da CGD não é um Administrador, ou acha que a CGD não é uma instituição pública?

O meu filho Zé, que tem 7 anos, não distingue um administrativo de um administrador tal como não distingue um banco privado de um banco público. Mas eu esperava que um adulto que é convidado para dirigir a Caixa Geral de Depósitos tivesse essa capacidade de discernimento.

Outra questão que não consigo compreender é a incapacidade (ou a extrema lentidão lentidão) para interpretar as posições públicas dos mais importantes representantes do Estado.

O Primeiro Ministro e o Presidente da República estão em sintonia e defendem uma coisa, e o Sr. António Domingues defende o contrário.

Mais uma vez tem direito à sua opinião.

Mas não achará ele estranho querer ocupar um cargo público desta relevância, para o qual foi convidado por representantes do Estado, colocando-se desde o início do mandato em rota de colisão justamente com os mais importantes representantes do Estado que o convidou?

Que homem é este que quer ocupar um elevado cargo público ao mesmo tempo que defende abertamente que deve estar acima da lei e das posições conhecidas do Primeiro Ministro e do Presidente da República?

Que tamanho tem o ego deste homem?

Independentemente da competência (que não sei se tem), quem parece pensar que está acima de todos os outros não deve ocupar cargos públicos.

Foi um erro de casting – venha o próximo...

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publicado às 18:15

No final do ano passado fui convidado pela organização do TEDx Matosinhos para apresentar uma Ted Talk baseada na minha experiência.

O tema das conferencias era What If, e o ponto de partida que me foi sugerido foi “e se eu me transformasse numa personagem de banda desenhada?

A partir desse ponto eu construí uma apresentação onde falo da minha visão do mundo e das plataformas tecnológicas que temos ao nosso dispor.

A preparação desta intervenção deu-me imenso gozo e no dia do TEDx fui muito (mesmo muito) feliz.

É claro que estava um bocado nervoso porque nunca tinha falado para uma plateia daquelas dimensões (o anfiteatro da Porto Business School estava completamente lotado), e ainda por cima com uma assistência que tinha pago para me/nos ouvir.

Mas a verdade é que adorei ter participado neste evento.

Agora o vídeo foi (finalmente) publicado e vocês têm a oportunidade de vir ver e ouvir.

Venham, são meus convidados...

Espero que gostem.

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publicado às 16:29

Se a vossa ideia era fazer uma competição, aqui têm a minha super lua.

Lua Lisboa.jpg

Como ontem vi muita gente excitada com o "fenómeno" mas a maioria das fotos eram muito pouco impressionantes, fiz esta para vos brindar.

Não está exagerada, pois não?

Até parece que ficou de dia.

E posso fazer maior por encomenda.

É só pedirem por mensagem...

 

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publicado às 13:40

Not so funny...

11.11.16

Cohen Dylan.jpg

 

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publicado às 09:53

Uéb Sâmit

10.11.16

É evidente que nada me move contra o progresso e as novas tecnologias – era o que faltava.

Já não tenho é paciência para esta parolice lusa de venerar tudo o que vem de fora como se fosse o último grito da moda - aquela novidade que nos vai salvar.

Sim, andam por aí umas pessoas que estão a participar num grande evento, é verdade.

Mas se o evento nos entra pelas casas adentro não é só pela sua dimensão, relevância ou pelo que traz de novo à cidade – é pelo empolamento provinciano das notícias.

 

Ai, os hotéis estão cheios!

A sério?

Só quem nunca tentou marcar um hotel é que não sabe que é frequente ser difícil encontrar um quarto disponível na cidade.

Já me aconteceu várias vezes só conseguir um quarto (sim, um só quarto) à quinta ou sexta tentativa porque o Marriott estava cheio, o Corinthia estava cheio, e nos hotéis de 4/5 estrelas perto do eixo Aeroporto/Expo não havia um único quarto disponível.

Lisboa recebe diariamente milhares de turistas e dezenas de eventos e congressos que tornaram a oferta hoteleira insuficiente há muito tempo. Qualquer passeio por Lisboa revela uma quantidade de novos hotéis (para além do fenómeno dos alojamentos locais) que nascem como cogumelos.

É preciso ter passado os últimos 5 anos a dormir para não perceber isso.

 

Ai os transportes estavam cheios.

A sério?

É que nem me vou dar ao trabalho de comentar...

 

Ai, o Bairro Alto e o Cais do Sodré foram invadidos à noite!

A sério?

Agora a sério... A SÉRIO?

Mas há alguém neste quintal à beira mar plantado que não saiba que o Bairro Alto e o Cais do Sodré estão SEMPRE cheios de gente durante os 52 fins-de-semana do ano?

 

Qual é a próxima extraordinária novidade que estes media trendy nos vão dar?

Que por causa da Web Summit este ano até houve verão de São Martinho?

Que durante a Web Summit a semana começou a uma segunda?

Vocês desculpem a minha aparente falta de entusiasmo mas não sei se o meu coração aguenta tanta inovação.

 

Gente fina é outra coisa

 

Fico feliz pelo facto de a organização ter escolhido a minha amada cidade.

Espero que os participantes tenham gostado de cá estar e que tenham ficado com vontade de cá investir e de cá voltar.

 

Mas nós estamos em 2016 – enquanto comunidade já tínhamos a obrigação de receber as pessoas e os eventos com normalidade e não como uns pacóvios fascinados porque vêm aí umas coisas lá de fora.

Já não há “lá fora”, pá.

Agora passa-se tudo cá dentro.

Parecendo que não, o termo “aldeia global” foi criado há meio século...

 

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publicado às 17:30

Yes we klan.jpg

Não estou com vontade de tecer grandes comentários sobre as eleições americanas.

À parte do sentimento de tristeza, desalento e ressaca, acho que já estamos todos um bocado intoxicados com análises e lugares comuns, e muito do que eu poderia escrever já terá sido escrito por outros...

Parece-me contudo que Donald Trump e Hillary Clinton eram dois péssimos candidatos que acabaram por ser os maiores aliados um do outro.

Se Hillary Clinton inspirasse o mínimo de confiança aos seus cidadãos, um monstro como Donald Trump nunca ganharia. A candidata deu-se ao luxo de perder Estados tradicionalmente democratas, mesmo com um opositor tão extremado, o que demonstra bem que pouca gente confia nela. Representa o “sistema” com todas as suas perversões e opacidades, e ontem os cidadãos votaram contra isso (como já o fizeram recentemente noutras democracias).

Sem uma candidata tão má quanto Hillary Clinton, Trump dificilmente ganhava.

Mas sem Trump, Hillary não tinha andado à frente das sondagens este tempo todo e teria perdido com muito mais estrondo. Se tantos eleitores democratas recusaram votar em Hillary mesmo contra Trump, imagine-se a derrota humilhante que teria acontecido se os republicanos tivessem apresentado um candidato mais ao centro...

 

Até para nosso António Guterres esta é uma péssima notícia: os EUA são o maior doador das Nações Unidas, e um Presidente Americano isolacionista representa uma ONU ainda menos eficaz.

 

Adiante, o mal está feito.

No meio da tragédia, só encontro um ponto de consolo: talvez a primeira mulher a ser Presidente dos EUA venha a ser (daqui a uns anos) Michelle Obama.

Eu gostava muito de ver uma mulher na presidência, mas uma mulher que apresentasse algo de novo, uma visão diferente para o mundo; não apenas um político profissional, como Hillary Clinton, igual aos outros mas de saias.

 

No meio desta ressaca, e para além das consequências das opções políticas de Trump nos próximos anos, há algo que de facto me causa apreensão.

Há dois acontecimentos marcantes neste ano de 2016: o Brexit e a eleição de Donald Trump.

A vontade manifestada pelos Ingleses de saírem da União Europeia que ajudaram a construir, e a eleição de um candidato fascizóide nos EUA, mostra que este mundo já não é aquele dos equilíbrios do pós-guerra em que eu nasci, em 1970.

Até a derrotada Alemanha está a ganhar um peso e uma arrogância que há uns anos atrás não tinha - não manda panzers para invadir países, mas envia diretivas para os controlar e anuncia-o públicamente.

O nosso mundo já não é o do pós II Guerra Mundial – é uma coisa em convulsão.

Parece que o mundo está a viver um terramoto, e ontem abanou bastante.

Não sei se devemos tremer de medo, mas temos que perceber que o nosso mundo está a tremer...

 

P.S. Há uns dias o Ku Klux Klan declarou o seu apoio a Donald Trump e o seu staff apressou-se a repudiar esse apoio.

Mas alguém se lembrou do mote Yes We Klan, e eu não resisti a fazer o boneco...

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publicado às 17:01

You'll be missed

08.11.16

Perante a incerteza do resultado das eleições americanas, há um dado que para mim é seguro: vou ter muitas saudades deste senhor...

Obama_rules.jpg

Adoro esta foto!

Diz muito sobre o carácter humano do cidadão por trás do Presidente, e não estou a ver nenhum dos actuais candidatos a tirarem uma foto semelhante de forma expontânea.

Vou ter saudades desta postura.

 

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publicado às 10:52

Quadro.jpg

Pode!

Em primeiro lugar, deixem-me que vos diga, não confio especialmente nestas sondagens.

Eu não sou matemático mas quando me falam em sondagens com 800 ou 1700 entrevistas num País com mais de 300 milhões de habitantes, parece-me poucochinho (note-se que em Portugal, com 10 milhões de habitantes, se chegam a fazer sondagens com amostras de 1500 entrevistas).

À parte disso, é difícil de acreditar que em meados de outubro a candidata democrata tivesse 12% de vantagem e no espaço de uma semana o candidato republicano esteja à frente (mesmo que por 1%).

Em apenas duas semanas a candidata democrata já teve 4% de vantagem, 12% de vantagem e agora 1% de desvantagem.

Desculpem o meu cepticismo em relação às sondagens (todas da mesma fonte ABC/Washington Post) mas parece-me esquizofrenia a mais, mesmo para os padrões americanos.

Mas esta última sondagem que dá vantagem a Donald Trump tem o condão de agitar as águas e de fazer mexer a máquina democrata.

Com uma vantagem inédita de 12% nas sondagens a apenas 1 mês das eleições, os apoiantes de Hillary Clinton podiam desmobilizar por acharem que já estava ganho.

Há uma semana atrás a notícia era: estará a corrida fechada?

Lembram-se do primeiro referendo por cá sobre a Interrupção Voluntária da Gravidez, em que as sondagens davam uma vantagem confortável ao sim, meio mundo foi para a praia naquele domingo e como resultado acabou por ganhar o não?

Pois... eu lembro-me.

Confesso que depois da divulgação do vídeo que fez Donald Trump esbardalhar-se nas intenções de voto se instalou um ambiente de excesso de confiança entre os democratas que me assustou.

Ainda bem que apareceu esta sondagem a dar vantagem ao Trump a uma semana das eleições.

Pode ser que os eleitores democratas voltem a ter medo e se mobilizem.

Como dizia o cartaz do filme A Mosca, be afraid, be very afraid...

 

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publicado às 17:37


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