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No ano passado li o Just Kids da Patti Smith; foi o meu grande acontecimento literário do ano.
Agora comecei a ler a segunda parte da sua autobiografia, o M Train.
Quando morre alguém como o Bowie ou o Prince ou o Lou Reed ou a Amy Winehouse (ou outro à escolha) há quem se indigne perante a comoção dos anónimos, como se fosse preciso uma licença para ficar triste perante uma morte singular.
Há quem ache estranho que se desenvolvam relações afectivas com pessoas que não conhecemos pessoalmente como se isso fosse mesmo importante, como se conhecessemos de facto as pessoas com quem nos cruzamos diariamente.
Nós não ganhamos intimidade por osmose...
Acho que ao ouvir as canções, ao ler os poemas ou os livros, podemos conhecer melhor o seu autor do que muitos colegas de trabalho ou vizinhos que cumprimentamos todos os dias.
Eu sei mais da Patti Smith, do que ela pensa e sente, do que da maioria dos amigos que fiz no liceu ou na faculdade ou nos empregos que tenho tido.
É uma das minhas pessoas favoritas do mundo e gosto dela como se gosta de uma pessoa de família.
O amor também é isto.