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Podia parecer mal este ser o único blog de Portugal e arredores a não fazer um post sobre o Salvador Sobral por isso, cá vai.
Nota prévia: eu não gosto de unanimismos e unicidades – tenho alergia, dá-me urticária.
Posto isto, e perante o enervante entusiasmo em relação ao novo formato do nosso Festival da Canção, tratei de não lhe ligar pevide.
Nem o facto de também participar a Márcia (e eu sou Marciano, acreditem) me levou a ligar a tv naquela noite.
Depois ganhou o Salvador Sobral e o entusiasmo em relação à canção vencedora tornou-se insuportável.
Por essa razão, e porque eu não sou de embirrar sem conhecimento de causa, fui ver que fenómeno era esse que estava a criar tão enervante unanimidade.
Como bom velho dos Marretas, lá fui saber quem era o cantor para o poder deitar abaixo com propósito e maneiras.
Então mas não é que o Salvador Sobral é aquele concorrente do Ídolos de há uns anos?
Aquele da única edição que eu segui e que até era o concorrente com quem eu mais simpatizava?
Ora bolas, não vou conseguir embirrar com ele.
Canta lindamente, tem (muito) bom gosto musical e tem “sou uma joia de moço” escrito na testa; olha-se para ele e simpatiza-se logo.
Bom, mas um marreta não desiste – de certeza que consigo malhar no autor da canção que toda a gente estava a adorar.
Ah! Ca porra. É a Luísa Sobral que é irmã dele e eu não sabia.
Que chatice... eu era incapaz de embirrar com ela. Adoro-a.
Por acaso só tenho um disco dela e só a vi ao vivo uma vez mas tenho um fraquinho muito sério pela Luísa Sobral.
Gosto de rigorosamente tudo nela.
Da voz, das canções, da imagem, da intervenção cívica... aquele arzinho de fada a cantar com a harpa é, para mim, absolutamente irresistível.
Não és tu Joanna Newsom, é ela...
Bom, mas se não consigo embirrar com o cantor nem com a compositora, ainda posso embirar com a canção.
Mesmo aquele duo pode ter um momento de desinspiração e, sendo o Festival da Canção, de certeza que a canção é manhosa.
Ehhh... Não!
Irra que a canção é belíssima e a letra é maravilhosa.
Como é que uma balada tão suave e apenas sussurrada consegue entrar no ouvido a ponto de eu a assobiar quando estou a pôr a loiça na máquina ao fim da primeira audição?!?!
Ó pá, acreditem que eu tentei manter-me à margem daquilo, fiz de conta que não sabia o que era, e quando fui ver fui munido de uma vontade inabalável de dizer mal e de deitar abaixo só para ser do contra.
A verdade é que não consegui
Os manos Sobral não me deixaram ser marreta.
Só por causa disso fico a odiá-los um bocadinho...