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Um pouco por todo o mundo, temos assistido à chegada ao poder de pessoas que ganharam fama pela sua atitude populista, agressiva, pela truculência, animosidade e pela violência da sua linguagem.

Dos Estados Unidos às Filipinas, do Brasil à Turquia, exemplos não faltam nesta “onda” que parece imparável.

E se Portugal tem passado ao lado desta vaga de crescimento da violência e da intolerância no discurso politico, no futebol tivemos no passado recente um exemplo flagrante de alguém que usava a ofensa, o confronto e a violência como forma de se expressar pessoal e institucionalmente.

Bruno de Carvalho promoveu a sua “normalização da violência” contra tudo e contra todos, e acabou o seu mandato num registo de pura ofensa pessoal.

Aos seus opositores Bruno de Carvalho chamou publicamente de ratos, tarados, carentes de sexo, vermes, porcos, ressabiados, toxicodependentes, nojentos, rastejantes, pedófilos, alcoólicos, e mais um rol de ataques pessoais e ofensas nunca vistos naquilo a que chamamos “espaço público”.

E apesar de muitos associados reconhecerem mérito à sua gestão (basta lembrar os 86% com que foi eleito, o pavilhão que construiu e os títulos que ajudou a conquistar em várias modalidades), chegou um momento em que a massa associativa do Sporting achou que o clima de agressividade e violência que se vivia se tinha tornado insuportável.

 

E aí, perdoem-me a imodéstia, o Sporting deu uma lição de civismo ao mundo: numa altura em que assistimos a uma onda de populismo e a um recrudescimento do discurso violento e intolerante, os sportinguistas promoveram o seu primeiro processo de destituição de um presidente, destituído precisamente por reunir essas características tão em voga.

Em dois momentos distintos a massa associativa do Sporting recusou de forma clara essa postura: quando mais de 70% dos votos sentenciaram a destituição do presidente Bruno de Carvalho, e meses mais tarde quando bateram o record de participação numas eleições para a nova direcção do clube quando o ex-presidente apelou ao boicote.

No plano do civismo, do culto da democracia e do respeito pelos outros, o Sporting foi absolutamente exemplar e os seus sócios portaram-se como verdadeiros campeões.

 

Só nos falta um último desafio para podermos arrumar definitivamente a figura de Bruno de Carvalho no album do passado: devemos participar na AG do próximo sábado e votar favoravelmente as medidas propostas pelo Conselho de Disciplina.

É importante que façam um desvio no vosso sábado e passem pelo Pavilhão João Rocha para votar e cumprir mais uma vez o nosso  dever cívico.

Se não participarmos, arriscamo-nos a que “outros” decidam por nós e já sabemos como isso pode acabar mal. Ainda na última AG os acólitos do antigo presidente quase conseguiam boicotar a aprovação do orçamento para este ano o que representaria um dano tremendo para a estabilidade do Sporting. São pessoas que não hesitariam em prejudicar o clube se conseguissem maximizar a sua voz minoritária numa AG pouco participada.

Não é só por causa do que aconteceu em Alcochete nem pelas suspeitas de gestão danosa que têm sido noticiadas (como aqui ou aqui).

É porque aquele discurso de confronto permanente, de animosidade, de criação de inimigos e de apelo à intolerância não é aceitável no mundo que queremos construir, seja no futebol ou na política.

Vamos virar definitivamente esta página da nossa história.

Vamos fazer desaparecer este pesadelo para que depois possamos começar a construir o nosso sonho.

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publicado às 23:32


13 comentários

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JCR a 13.12.2018

Não sou sócio, e como tal, não posso participar na próxima AG de sábado, 15/12/2018, mas só desejo mesmo, que os agitadores acéfalos lobotomizados, a mando do pior dirigente - porque não considero que "aquilo" foi presidente do SCP -, sejam derrotados, e o seu querido líder seja finalmente expulso, exterminando do presente e do futuro do SCP, bem sei que poderá e irá querer voltar, para se vingar, recandidatando-se provavelmente só, em 2026/2027, mas esperando eu que antes, a justiça actue, e prenda quem tenha que prender, dado ter delapidado e ter destruído a história do nosso clube, com 112 anos, conforme mostram as notícias de gestão danosa acima mencionadas, mas se isso não acontecer, cá estaremos nós, principalmente, na nossa memória, para em 2026/2027, mandá-lo para o lixo, que é o seu lugar, e que nunca deveria de lá ter saído!
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Americo Pereira a 16.12.2018

Triste Lampião!

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