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Reza a lenda que o escritor Jorge Luís Borges continuou a pedir aos amigos para lhe oferecerem livros, mesmo depois de ficar cego; dizia que continuava a sentir o prazer táctil de os manusear.
Vem isto a propósito da edição de Vampiros, a novela gráfica com argumento de Filipe Melo e ilustrações de Juan Cavia.
A história passa-se na Guiné em ’72, em plena guerra colonial, e tem todos os ingredientes possíveis: suspense, humor, sonho, realidade, esperança, tragédia, violência e companheirismo.
E é uma obra prima de ilustração.
Foi por isso que me lembrei da história do Jorge Luís Borges gostar de mexer em livros mesmo estado cego: este livro não é só para ler, é para ter e para mexer.
O prazer de o manusear, de lhe sentir o peso e as texturas, complementa o espanto que é lê-lo.
Absoluto colosso!!!